segunda-feira, outubro 02, 2006

FINALMENTE OUTUBRO!

Finalmente recuperando a minha vida, depois de um Julho extenuante, com um licenciamento para entregar, (o maior de sempre no escritório, com o maior número de pessoas envolvidas desde sempre...) tendo terminado exactamente no dia anterior a ir de férias, sem transição, sem tempo para uma suave desaceleração...
Durante as férias, o mês de Agosto menos uns dias, tive também que trabalhar "naquela coisa", mas pior que isso, houve sempre a sombra e o peso de saber que ia ter de concluir "essa tal coisa" durante o mês de Setembro.
Durante Setembro... foi o descalabro total. Tivemos um concurso no escritório, e desta vez é que foi o maior de sempre, e com o maior número de pessoas envolvidas desde sempre (!), e que para cúmulo a data de entrega foi adiada para precisamente a data em que era suposto concluir "aquela coisa"! Enfim, fiz turnos triplos ou quádruplos, sei lá, e lá se fez tudo!

Enfim, quanto a tricots...lá continuei com o meu víciozinho de mãos, embora em velocidade lenta.
Terminei o meu top colorido, mas já no fim do verão, o que significa que só o usei em casa naqueles últimos dias de Agosto muito quentes e levei-o à praia uma vez. Acho que está giro, mas mais uma vez me acontece estar um pouco largo para mim. Ficou com um ar invulgar, primeiro por causa das cores, e depois porque fiz questão de o terminar a direito em cima, por causa daquela coisa das riscas, que não as queria desirmanadas.








É verdade, já me esquecia de falar do ponto alto do mês de Agosto, pelo menos em termos tricotadeiros, que foi o facto de ter ensinado a minha querida sobrinha Margarida a fazer tricot. Ela tem 11 anos, e aprendeu muito bem, só torceu um bocadinho as malhas, mais nada!

Fez-me lembrar de quando aprendi, ao colo da minha mãe, com 7 ou 8 anos, ainda em Moçambique, na casa de Latino Coelho, e que quando por minha conta, teimosa, ignorei aquela coisa que sempre odiei, o fio a passar pelo pescoço! Brrr, aquilo arrepiava-me! Então quando tricotava, cada ponto era uma viagem da minha mão carregando o fio para a agulha oposta, após ter largado uma agulha! Lembro-me particularmente das minhas agulhas de tricot, pequenas, em azul bebé, de plástico, e lembro-me de ter feito algo que iria vestir uma boneca qualquer, mas que era apenas um rectângulo em "manta de gato". Lembro-me também de que, quando acabei, estava lá em casa a tia Helena, que na altura morava lá perto, e que vendo o meu entusiasmo ofereceu-se para o rematar ela, levou-me o rectângulo, e nunca mais o vi, ou esqueci-me dele...
Mas esta obstinação em relação ao modo de conduzir o fio foi só o primeiro passo para vir a ser uma adepta do tricot ao estilo Inglês, apurada depois com os preciosos conselhos da prima Dodinha, "Tricotadeira-Mor", que quando passou aquela temporada lá em casa, lá para 1977 (?) fez com que, em termos de tricot, eu passasse para um patamar completamente diferente: o de aficionada (no mínimo)! Foi o tal "clic", ensinou-me a linguagem, a interpretar receitas, ensinou-me a segurar no fio, enrolando-o num dedo para dar a tensão necessária, ensinou-me a ganhar velocidade, tudo isto, sem ter que voltar ao fio à volta do pescoço! Só agora me apercebo que perdi a oportunidade de dar continuidade a uma tradição (será Portuguesa?) a de tricotar à Continental mas com o fio traccionado no pescoço e preso na mão oposta, que é como vejo toda a gente a fazer cá em Portugal... Admito que seja um método rápido, mas é muito estático...(tinha de pôr algum defeito!)
Voltando à Margarida, esta minha querida sobrinha muito empreendedora, cheia de iniciativa e apreciadora do "fazer", espero que se mantenha interessada e que se transforme numa aficionada também!









Entretanto comecei (e estou mesmo mesmo a acabar) um saco, mais uma vez estou atrasada para a època, pois é em algodão.
O modelo é inventado por mim, exactamente o que eu preciso de um saco de verão (para o próximo ano pelo menos...) e inspirado em tantos outros que fui vendo pela net. Acho que vou ter que lhe fazer um forro senão quando lhe puser o meu famoso porta-moedas de 3Kg, algo de mau se irá passar! (Parece um top... mas não é!)..........Só falta coser....lá p'ró ano que vem.....








Entretanto estou ansiosa de o acabar mesmo para partir para o meu próximo projecto. (de tricot, não de arquitectura) Quero fazer um, não, dois coletes, um liso, sem grandes extravagâncias, para levar para o trabalho e tudo. A seguir queria muito experimentar aquelas lãs novas da Kátia que vi no Oscarlãs, e que fazem os degradés grandes. Aí já sei até que modelo vou fazer, queria que fosse feito de uma só vez, à volta, para não haver desencontro nas riscas (claro). Mas para o outro que irei fazer primeiro até já tenho lã, comprei em saldo e é de uma cor mesclada entre vermelho escuro e tijolo. Se calhar vou eu desenhar o que quero, é capaz de ser mais fácil. E, macacos me mordam se desta vez vou deixar que me fique largo!!!


2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

7:32 da tarde  
Blogger filomena said...

Gostei muito do saco de algodão, dá-me inspiração para projectos futuros ;O)

jinhos

6:44 da tarde  

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